Servir envolve sofrimento – 3/5

Quando servimos, fazemos de boa vontade. Nossa intenção é a melhor, mas sempre existem pessoas que reclamam, condenam e, por diversas vezes, criticam nossas atuações. Por estas razões, muitos simplesmente se cansam de servir. Nada mais justo do que fazer algo e esperar pelo menos um “muito obrigado”. A verdade é que nem sempre é assim.

A palavra “ministro” significa “servo”. Então quando dizemos que somos ministros de Cristo, somos nada mais que servos d’Ele. Paulo em sua segunda carta aos Coríntios evidencia as complicações e dificuldades que são enfrentadas no serviço a Cristo e seu evangelho.

“São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez.” 2 Coríntios 11.23-27

Olhamos para o texto acima e não vemos correlação com nossa realidade prática. Quem tem sido acorrentado, preso, roubado, pelo simples fato de estar ministrando e servindo? Provavelmente só os irmãos que estão em países que têm restrições explícitas para a pregação do evangelho. Em um caso ou outro, sabemos de situações de crianças e jovens que foram alvos de uma hostilização ou “bullying” (palavra mais na moda) pelo fato de se manterem firmes em seus posicionamentos referentes à Cristo e seu evangelho.

Em nossa realidade livre de perseguição, o sofrimento estaria, infelizmente, muito mais ligado a saída de nossa zona de conforto do que, efetivamente, sofrer alguma reação por uma ação nossa. Que vergonha por poucas vezes nos posicionarmos como deveríamos.

Devemos lembrar que nosso serviço não deve ser feito para homens, e sim para Deus, fato que, obrigatoriamente, eleva a qualidade da nossa disposição e atenção durante nossas ações.

“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo.” Colossenses 3.23-24

O serviço envolve sofrimento. Em geral, servir nos tira de nosso cenário confortável. Que nosso coração esteja voltado para o conforto que teremos com o Pai durante a eternidade. Enquanto isto, vamos trabalhando, servindo, sofrendo e é lógico, aprendendo.

O que de prático podemos extrair disto?

  1. Agradeça a Deus. Poderia ser pior.
  2. Ande na luz. Abra seu coração com aqueles que orientam sua vida.
  3. Você tem servido com o objetivo de ser visto pelos outros?
  4. Você evita fazer algo para Cristo para não ser alvo de brincadeiras?
  5. Lembre-se: É do Senhor que vem nossa recompensa, não de homens.

Perseveremos!