Mesmo no deserto, Deus cuida de mim

Esses dias descobri que minha esposa tem várias músicas favoritas, eu achava que era só “It Is Well With My Soul“, mas ela gosta muito de outra música chamada “In The Valley”. Ela me mostrou essa música após uma tarde que conversávamos sobre como Deus usa o sofrimento para nos aperfeiçoar e mesmo em todo tempo de dificuldade Ele está conosco.

A letra diz algo mais ou menos assim (ela traduziu):

Quando você me leva para o deserto
Eu posso te ver lá no alto
E mesmo que me humilhar não seja minha vontade
É nisso que sua glória brilha tão forte
Então me ensine que a cruz precede a coroa
Que estar baixo é estar no alto
Que no deserto é aonde você me faz mais como Cristo

Me ensine a ver sua graça no deserto
Me ensine a ver sua vida na minha morte
Me ensine a ver sua alegria na minha tristeza
Sua riqueza na minha necessidade
Que você está próximo a cada suspiro
No deserto

Durante o dia existem estrelas no céu
Mas elas só brilham a noite
E quanto mais estou na escuridão
Mais eu vejo elas brilhando
Então me ensine que quando eu perco é que eu ganho
Que quando me quebro é que sou curado
Que no deserto é aonde seu poder é revelado

Eu já escrevi alguns pensamentos sobre o sofrimento alguns anos atras, em uma sequência de posts que chamei de Sofrer por Cristo: Um privilégio.

Perseveremos.

Adoração: Consumidor ou consumível?

Com o acesso fácil às “novidades” em termos de louvor e adoração, algumas coisas me preocupam. Queremos novas versões, novas músicas, novos ritmos, enfim tudo que é novidade sejam brasileiras ou internacionais o importante é ter a última versão da música e “ensinar” e cantar na congregação.

Será que não estamos nos tornando consumidores de adoração, enquanto deveríamos ser consumidos no processo da adoração ao “Autor e consumador da fé, Jesus” Hb12.2 ? Quando estou em um encontro e a música que tocam não me agrada “musicalmente”, eu adoro o Pai da mesma forma ou simplesmente não consigo adorar com este ou aquele estilo de música? Se não o adoro da mesma forma, esse é um indício de que posso estar me tornando um consumidor de adoração e deixando de entregar meu coração e minha vida para serem consumidos! O verdadeiro consumidor da adoração é o Senhor Jesus, a Ele que devemos nos entregar e adorar.

Estilos e batidas diferentes nas músicas são interessantes e agradam aos jovens, mas precisamos ter cuidado, porque a adoração ao Pai não depende de estilo musical, mas depende unicamente de duas coisas: meu relacionamento com Deus e do meu amor por Ele, independente do estilo que estou tocando e dos instrumentos que tocam. Vamos analisar a seguinte hipótese: Se você estiver em um encontro que só toca músicas “antigas” e que tem melodias estranhas aos seus ouvidos, você deixaria de adorar o Senhor? O que interessa é o coração completamente entregue a Ele, completamente apaixonado. Como não adorar a um Pai que deu seu Filho amado, por mim?! Impossível! Eu te adoro, Deus soberano!

“Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome” Hb 13:15. “O louvor a Deus é o fruto natural de lábios que confessam o seu nome. É a manifestação espontânea do coração daqueles que tem provado o amor do Senhor. Louvar a Deus é expressar a Ele nosso amor. O louvor é a resposta do nosso coração ao amor de Deus.” Como é complicado estar em um encontro e adorar e louvar ao Senhor se minha semana foi vazia de adoração e de relacionamento com Ele. Por isso o autor de Hebreus diz: “Ofereçamos a Deus, SEMPRE, sacrifício de louvor”, não é de reunião em reunião que adoro, mas em todos momentos da minha vida.

Que o Senhor Jesus nos ensine a sermos verdadeiros adoradores,que o adoram em espírito em verdade, não da boca para fora com músicas que agradam pela batida e ritmo delas, mas com uma vida que o agrada e ao abrir dos meus lábios o meu amor pelo Criador seja cantado.

Todo ser que respire louve ao Senhor!